peço desculpas por ter fragementado o texto, mas ocorreram problemas técnicos que impediram que mais de uma figura fossem anexadas em uma única postagem.
Conseqüências

As conseqüencias mais óbvias desse distúrbio podem ser observadas na tabela acima.
Primeiramente, observa-se uma queda nas taxas dos hormônios produzidos pelas glândulas, sendo mais significativa a queda na produção do hormônio cortisol, o principal representante dos glicocorticóides.
Em segundo lugar, quando há depressão na secreção de cortisol, o feedback negativo normal para o hipotálamo e a hipófise anterior também fica deprimido, permitindo assim acentuada secreção de ACTH.
Deficiência de Mineralocorticóides
Como também pode ser observado na tabela, a queda do mineralocorticóide aldosterona, combinada com a queda de cortisol (que também possui um pequeno efeito mineralocorticóide) leva a um quadro de hiponatremia e hipercalemia, além de acidose leve. Isso ocorre porque a falta de secreção de aldosterona aumenta a retenção de potássio e diminui acentuadamente a reabsorção tubular renal de sódio e, permitindo assim a perda na urina de grandes quantidades de íons sódio, íons cloreto e água.Para entendermos as conseqüencias disso, é bom relembrar que o sódio é quem determina o valor da pressão sangüínea. Logo, o resultado final consiste em acentuada redução do volume de líquido extracelular e do volume plásmático, diminuindo assim o débito cardíaco que pode levar ao choque e a morte.
O fato foi ilustrado com bom humor no vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=7COx33kcAZw
*(ressaltando que, no final do vídeo, as taxas de aldosterona são elevadas pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona para controlar o volume cardíaco, mas, no indivíduo com Doença de Addison, isso não acontece).
Além disso, uma concentração de potássio superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa a afetar o sistema de condução elétrica do coração. Quando a concentração sérica continua a aumentar, o ritmo cardíaco torna-se anormal e o coração pode parar de bater. Muitas vezes, para tentar regularizar a concentração sérrica de sódio, o portador da doença passa a urinar excessivamente, levando à desidratação.
Quem quiser relembrar um pouco mais sobre a regulação desses dois sais é só entrar no seguinte endereço:
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec12_137.htm
ou mesmo assistir o seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=6Wc4f2KnbYo&feature=related
Deficiência de Glicocorticóides
A perda da secreção de cortisol no indivíduo com Doença de Addison torna impossível a manutenção de um nível normal de glicemia entre as refeições, devido à incapacidade de sintetizar quantidades significativas de glicose pela gliconeogênese.
A deficiência de corticosteróides produz também uma sensibilidade extrema à insulina, de modo que a concentração sérica de açúcar pode tornar-se pergigosamente baixa. Os músculos ficam fracos a até o coração pode tornar-se incapaz de bombear o sangue de forma adequada. Essa deficiência torna ainda o indivíduo altamente suscetível aos efeitos da deterioração de diferentes tipos de estresse, e até mesmo a ocorrência de leve infecção respiratória poe causar a morte.
Além disso, a acentuada secreção de ACTH leva a uma secreção simultânea de quantidades aumentadas de MSH (melanocyte-stimulating hormone - hormônio estimulador de melanócitos), gerando uma deposição não uniforme de melanina no indivíduo, geralmente em placas, particularmente nas áreas de pele fina, como as mucosas dos lábios e a pele fina dos mamilos.
Sintomas
De um modo geral, são esses os sintomas observados no indivíduo com Doença de Addison:
*vitiligo é uma doença auto-imune que muitas vezes ocorre em associação com a Doença de Addison. Mais informações no site:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/vitiligo/
Tratamento
O indivíduo não-tratado com destruição total das glândulas adrenais morre dentro de poucos dias a algumas semanas, devido à fraqueza consuntiva e, em geral, a choque circulatório. Contudo, esse indivíduo pode viver durante muitos anos se forem administradas diariamente pequenas quantidades de mineralocorticóides e glicocorticóides.
Muitas preparações de glicocorticóides são disponíveis para esse fim. Atualmente, nos EUA, os pacientes são tratados com 12 a 15 mg por dia de hidrocortisona. No Brasil, como não há disponibilidade comercial de hidrocortisona oral, existe uma boa experiência com o uso de acetato de cortisona (25mg/dia) e mesmo com prednisona (5 a 10 mg/dia). Cabe ressaltar que os esteróides sintéticos, como a prednisona ou dexametasona, não apresentam efeito mineracorticóide, e a maioria dos indivíduos com Doença de Addison também necessita tomar diariamente 1 ou 2 comprimidos de fluorcortisona para auxiliar na restauração da excreção normal de sódio e potássio.
Doses maiores de medicamento podem ser necessárias quando o corpo for submetido a um estrsse, especialmente por doença.
Curiosidade
Para provar como o indivíduo que possui a Doença de Addison pode viver uma vida completamente normal se medicado, aqui vai uma imagem que vale mais do que mil palavras:
John Fitzgerald Kennedy - Presidente dos Estados Unidos
Quem quiser saber mais, é só acessar:
http://www.jfklibrary.org/Historical+Resources/Archives/Reference+Desk/JFK+and+Addisons+Disease+Page+4.htm
2 comentários:
nossa! amei o blog! parabéns!!
Muito bom! parabéns!
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