É importante salientar que, em condições basais, a principal fonte de colesterol para a síntese de hormônios corticosteróides são as vesículas de LDL e HDL. Por outro lado, quando há estímulo das vias metabólicas por ACTH, o colesterol esterificado armazenado é o precursor mais importante. Assim, por ação da enzima esterase do colesterol, os ésteres de colesterol são quebrados e o colesterol livre é, então, transportado por uma proteína específica para a membrana mitocondrial interna.
Nesse ponto, o colesterol entra em contato com um grupo de enzimas denominado P-450, das quais a mais importante é a P-450SCC. Tais enzimas são oxigenases mistas que catalisam hidroxilações esteroidais. A reação inicial que converte o colesterol em D5-pregnenolona é catalisada por uma enzima P-450SCC de clivagem de cadeia lateral, também conhecida como 20,22-desmolase. Esse complexo de membrana mitocondrial interna realiza sucessivas hidroxilações, seguidas de clivagem da cadeia lateral do colesterol. O conjunto inicial de reações é comum a todas as vias metabólicas de síntese de corticóides que ocorrem no córtex das adrenais. A partir daí, entretanto, as vias biossintéticas divergem para a formação de seus diversos produtos.
Como exemplo, pode-se citar o cortisol. Após sair da mitocôndria, a pregnenolona é convertida a 11-desoxicortisol por passos sucessivos dentro do retículo endoplasmático. Tal molécula é, então, novamente transferida para a mitocôndria, sendo hidroxilada na posição 11 pela enzima 11-hidroxilase. O produto final, o cortisol, é rapidamente transportado para fora da célula, não sendo armazenado de forma significativa pela mesma. Portanto, quando há necessidade de liberação acentuada do hormônio para a corrente sanguínea, deve haver rápida ativação da via sintética por ACTH.
Seguem abaixo as principais vias metabólicas que ocorrem no córtex das glândulas supra-renais:
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