domingo, 29 de junho de 2008
Hino do Hipertireoidismo
http://www.youtube.com/watch?v=syI9vs0utBk
http://www.clubet4.com.br
sábado, 28 de junho de 2008
Síntese, secreção e ações metabólicas dos hormônios tireóideos
1- Introdução:
A glândula tireóide é responsável pela síntese dos hormônios T3 e T4, triiodotironina e tiroxina respectivamente, por intermédio da captação de iodeto, os quais são responsáveis pela regulação da taxa metabólica corporal em geral. Sua função depende, também, da absorção do iodo, elemento químico essencial na síntese de seus dois hormônios mais importantes: T4 e T3. Esses dois hormônios são responsáveis, respectivamente, por 90% e 10% do débito total da tireóide. Além desses dois, a tireóide produz o chamado T3 reverso, ou rT3.
Esses três funcionam de maneira conjugada. O T4 funciona, sobretudo como um pré-hormônio, sendo que a monodeiodinação do anel externo de sua estrutura molecular fornece 75% da produção diária de T3, que é o principal hormônio ativo. Alternativamente, a monodeiodinação do anel interno fornece rT3, que é biologicamente inativo.
Ela é crítica para o desenvolvimento e crescimento normais. Tem origem do endoderma, localiza-se na região anterior do pescoço e divide-se em dois lobos que ficam em cada lado da traquéia.
2- Síntese e liberação
Possuem uma única camada de células epiteliais cubóides produtoras de T4 e T3 forma um folículo circular, e células C (células parafoliculares) as quais são responsáveis pela síntese de calcitonina. Dentro da luz folicular os hormônios recentemente sintetizados são armazenados na forma de um material colóide. São sintetizados a partir de tirosina e iodeto pelo complexo enzimático da peroxidase. A tirosina é incorporada em ligações peptídicas dentro da glicoproteína (tireoglobulina) . Sofrem iodação, duas moléculas de de iodotirosina são ligadas para formar iodotironinas (hormônios tireoidianos).
A Secreção de T4 e T3 armazenada requer tireoglobulina da luz do folículo por endocitose. Para apoiar a síntese hormonal, o iodeto é conservado reciclando as moléculas de iodotirosinas.
3- Controle da secreção dos hormônios tireoidianos e transporte no sangue (T3 e T4)
A atuação da tireóide é controlada pela ação do TSH (hormônio estimulante da tireóide), que é um hormônio produzido pela hipófise, que por sua vez é estimulada pelo TRH (tireotropina) produzido no hipotálamo.
A partir da 11ª a 12ª semana de idade gestacional ela é capaz de sintetizar e secretar hormônios tireoidianos sob estímulo do (TSH) fetal. Tanto o TSH quanto o hormônio tireoidiano fetais são necessários para o desenvolvimento intra-uterino normal do sistema nervoso central (SNC) e do esqueleto.
A regulação da secreção de hormônio tireoidiano pelo TSH está sob controle por retoalimentação negativa (efeito feedback). O T3 e T4 circulantes agem na hipófise para diminuir a secreção de TSH; se os níveis destes caírem, a secreção de TSH aumenta. O T3 e T4 quando livres, e não as porções ligadas a proteínas, regulam o débito hipofisário de TSH. A hipófise é capaz de desiodar T4 em T3, e este último age como a efetora final do bloqueio do TSH.
Na circulação a forma do hormônio em maior quantidade é o T4, devido a sua menor velocidade de depuração metabólica e renovação fracional em comparação à T3.
O T3 e o T4 circulam quase inteiramente ligados a proteínas, porém é a fração livre que é ativa, ou seja, T3 é a molécula responsável pela maioria das ações tissulares do hormônio tireoidiano, pois é ela que é ativa. A proporção de T4 entre T3 e rT3 regula a
disponibilidade do hormônio tireóideo ativo.
A principal proteína de fixação é a globulina fixadora de tiroxina (TBG), que é uma globulina sintetizada no fígado. Além de transportar os hormônios, ele também tampona as modificações agudas na função da tireóide e evita que os hormônios, que são moléculas relativamente pequenas, sejam perdidos na urina, ajudando a conservar o iodeto.
4- Principais efeitos metabólicos dos hormônios tireóideos no organismo.
Aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos do organismo. O metabolismo basal pode aumentar até 100% acima do normal, quando é secretada grande quantidade desses hormônios. O hormônio tireoidiano aumenta e é um grande regulador da taxa metabólica basal. Utilização de oxigênio, produção de CO2 e termogênese são estimuladas por mecanismos que inclusive o de desacoplamento entre a síntese de ATP e a oxidação de substratos, aumento no tamanho e número de mitocôndrias, atividade aumentada de Na+, K+ -ATPase e taxas aumentadas de oxidação e síntese de glicose e ácidos graxos.
O aumento do número e tamanho das mitocôndrias por sua vez aumenta o número da atividade das mitocôndrias, que por sua vez aumenta a velocidade de formação de ATP (trifosfato de adenosina) para energizar a função celular, aumentando a temperatura corporal. Entretanto, pode representar tanto o resultado da atividade aumentada das células como a causa do aumento.
A estimulação do metabolismo dos carboidratos pelo efeito do hormônio tireóideo, provavelmente resulta no aumento global das enzimas metabólicas celulares.
E no metabolismo das gorduras, aumentam estimulando a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acerelam acentuadamente a oxidação dos ácidos graxos livres pelas células.
Segundo BERNE; LEVY 2003, o efeito metabólico geral do hormônio tireoidiano é descrito como o de acelerar a resposta ao jejum.
Os hormônios tireoidianos causam grandes efeitos no sistema cardiovascular, como o aumento do fluxo sangüíneo e do débito cardíaco, aumento da freqüência e da força cardíaca.
A forma ativa, ou seja, T3 também aumenta a síntese protéica e, com isso, a síntese de enzimas, aumenta o tamanho e o número de mitocôndrias na maioria das células, aumenta a atividade contrátil do coração, promove a absorção rápida de glicose
pelas células e, por fim, incrementa a glicólise, a gliconeogênese e a mobilização de lipídios, aumentando a disponibilidade de ácidos graxos livres para oxidação como forma de obtenção de energia. O T3 tem papel importante na maturação, estimulando a
ossificação endocondral, o crescimento linear do osso e a maturação dos centros ósseos epifisários.
Além disso, o T3, especificamente, pode acelerar o crescimento facilitando a síntese e secreção do (hormônio gonadotrófico) GH (Berne & Levy, 2003; Guyton & Hall, 2006).
Em exercício, a liberação de TSH aumenta, no entanto, esse aumento na liberação de hormônio tireóideo não acontece imediatamente depois do aumento da liberação de TSH, pois acontece um atraso. Além disso, durante sessões de exercício submáximas prolongadas, os níveis de T4 permanecem relativamente constantes em aproximadamente 35% a mais do que os níveis de repouso, depois de um pico inicial no começo do exercício, e os níveis de T3 tendem a aumentar.
5. Bibliografia
1. GUYTON, A.C.; HALL, J.E.Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Ed.
Trad. Edit. Saunders Elsevier Ltda. Rio de Janeiro-RJ, 2006.
2. BERNE; LEVY, M.N.; Fundamentos de Fisiologia.
A. Stanton, 2003.
As principais doenças relacionadas à tireóide são o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Uma é, quase sempre, o oposto da outra.
Mas.. o que são essas doenças, afinal??
O Hipotireoidismo é uma doença da tireóide que é caracterizada pela baixa produção dos hormônios tireoidianos. A falta desses hormônios ocasiona o baixo metabolismo característico dos portadores dessa doença. É mais comum em mulheres, principalmente as de mais idade.
Hipertireoidismo é uma doença que, ao contrário do hipotireoidismo, é caracterizada pela
produção excessiva dos hormônios tireoidianos. Essa alta produção leva ao chamado hipermetabolismo. Também é mais comum em mulheres, porém de idade entre 20 e 40 anos.
As principais causas do Hipotireoidismo são:
-tireoidite de Hashimoto, que é uma doença auto-imune da tireóide. Leva o organismo a produzir anticorpos contra a própria glândula, ocasionando sua destruição.
-uso do iodo radioativo como tratamento para o HIPERTIREOIDISMO!! O tratamento também leva à destruição da tireóide, que pode levar à condição contrária, que é o hipotireoidismo. Segundo Marcelo Hermes, isso é causa de processo(haha).
-cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide
-medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da tireóide (amiodarona, lítio, iodo)
-deficiência de iodo na alimentação. Os hormônios da tireóide, a TRIIODOTIRONINA(T3), TETRAIODOTIRONINA(T4) são dependentes de iodo.
-a má formação da glândula tireóide (defeitos embrionários)
-defeitos hereditários das enzimas que sintetizam os hormônios(hipotireoidismo congênito)
-doenças e medicamentos utilizados pela mãe que interferem no funcionamento da glândula do filho
-doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH
As principais causas do Hipertireoidismo são:
-doença de Graves, que também é uma doença auto-imune da tireóide.São produzidos anticorpos pelo organismo que exercem um efeito semelhante ao do hormônio que regula o funcionamento da tireóide, o TSH, e levam ao crescimento e ao funcionamento exagerado da glândula.
-Nódulos da tireóide
-bócio multinodular, uma doença que acontece em pessoas mais idosas, geralmente com tireóides aumentadas há muitos anos
-tireoidite linfocítica e tireoidite pós-parto
-ingestão de hormônio tireoidiano em excesso, para tratamento de hipotireoidismo ou como componente de outras medicações (por exemplo, “fórmulas” para emagrecer).
-ingestão excessiva de iodo
E como é feito o diagnóstico??
O diagnóstico de ambas as doenças pode ser feito através de exame de sangue que mede a dosagem de TSH. Uma vez que esse hormônio realiza um mecanismo de feedback negativo com os hormônios tireoidianos, a contagem baixa ou alta indicará um possível hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente. Também pode, obviamente, ser feita a dosagem de hormônios tireoidianos (T4 e T3).
Exames que detectam a presença de anticorpos também podem ser feito para detectar as possíveis doenças auto-imunes da tireóide(Hashimoto e Graves).
O teste do pezinho detecta hipotireoidismo em recém-nascidos.
E quais são, afinal, os sintomas??
Quanto à glicemia:
O hipertireoidismo causa o quadro de hiperglicemia. Os hormônios tireoidianos aceleram as taxas deglicólise que, apesar disso, são superadas pelo aumento na taxa de gliconeogênese e aumento na absorção de glicose no intestino. Em pessoas que não tem diabetes, esse aumento na glicose circulante é compensado pelo aumento na produção da insulina, porém, em quem a possui, a doença pode ser agravada. Para saber mais sobre Hipertireoidismo X diabetes, entre no site
http://www.bengalalegal.com/tiroide.php
No Hipotireoidismo verifica-se frequentemente o quadro de HIPOglicemia, portanto.
Quanto à lipidemia:
Quanto ao metabolismo de triglicerídios, colesterol e fosfolipídios, verifica-se, no hipertireoidismo a chamada hipolipidemia e hipocolesterolemia. O oposto é verificado no hipotireoidismo. Os hormônios da tireóide aceleram a síntese e degradação de lipídios, porém, em excesso, a degradação supera as taxas de produção, levando à baixa concentração no sangue. A baixa quantidade de hormônios da tireóide ocasiona um hipometabolismo de lipídios, levando ao aumento da sua concentração no sangue, por sua vez. Outra explicação é que o excesso de hormônios da tireóide provoca aumento na quantidade de receptores de LDL nas células do fígado, que leva a uma maior excreção do colesterol pela bile.Para aprender mais sobre isso e a relação entre hipotireoidismo e aterosclerose, entre no site http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X200500240000
Quanto ao consumo de O2 e termogênese:
A principal hipótese a respeito dos efeitos do excesso de T3 e T4 é que ele causa o desacoplamento da cadeia respiratória em relação à fosforilação oxidativa, o que leva ao aumento do consumo de oxigênio e da termogênese. Por isso, pessoas com hipertireoidismo têm intolerância ao calor, enquanto pessoas com hipotireoidismo têm intolerância ao FRIO!
CURIOSIDADE: O consumo de oxigênio normal situa-se em torno de 250 ml/min no adulto em repouso, podendo aumentar para até 400 ml no hipertireoidismo.
Os hormônios da tireóide, quando em altas taxas, levam a uma alta produção de enzimas e coenzimas. Devido a isso, há uma maior necessidade de ingestão de vitaminas nos portadores de hipertireoidismo.
Quanto ao metabolismo de proteínas:
O hipertireoidismo leva à catálise de proteínas, enquanto que o hipotireoidismo tem efeito anabolizante sobre proteínas tissulares e plasmáticas. Por isso, pessoas com hipertireoidismo têm fraqueza muscular e altas taxas de componentes nitrogenados no sangue.
Como há também o mecanismo de feedback negativo dos hormônios T3 e T4 com a leptina, uma alta concentração dos primeiros leva o organismo à hiperfagia(alta ingestão de alimentos) e uma baixa concentração tem efeito contrário. Devido a isso e aos outros efeitos no metabolismo já citados, portadores de hipertireoidismo sentem muita fome e não engordam. Já portadores de hipotireoidismo comem pouco e ganham peso com facilidade, apresentando intensa dificuldade em perdê-lo.
O bócio é um sintoma comum a ambas as patologias, porém as causas são diferentes. No hipotireoidismo, é causado pelo excesso de TSH e de tireoglobulina não iodada. No hipertireoidismo, acontece pela hiperprodução dos hormônios, que ocasiona a hipertrofia da glândula. Existe, também, o cretinismo, que ocorre quando há extremo hipotireoidismo durante a vida fetal, período neonatal e infância. Acrescenta-se, por fim, que mixedema é uma condição perigosa no hipotireoidismo, que pode levar ao coma.
Além desses sintomas, existem outros diversos, alguns deles citados nas figuras a seguir:
Mas então..Qual é o tratamento para essas doenças??
Para o hipertireoidismo, são administrados medicamentos antitireoidianos, que agem diminuindo a produção de hormônio pela tireóide. Existem dois medicamentos desse tipo: o metimazol (Tapazol) e o propiltiouracil. Há o tratamento com iodo radioativo, que produz destruição da glândula, ou mesmo por cirurgia de retirada total ou parcial da tireóide. Podem também ser usados beta-bloqueadores, que agem inibindo a ação dos hormônios, e não a sua produção.
Para o hipotireoidismo, o tratamento é feito com a reposição de hormônio, na forma de comprimidos tomados por via oral. Usa-se a levotiroxina, que é uma forma farmacológica do hormônio T4.
Mecanismos de ação dos glicocorticóides
Os hormônios corticóides agem por meio de dois mecanismos: o de ação tardia e o de ação rápida. Esses hormônios são conhecidos principalmente por seus efeitos mediados pela ação tardia, que envolve regulação ao nível da transcrição gênica, podendo aumentar ou diminuir a transcrição e conseqüente tradução dos genes alvos.
O efeito mais notório da ação rápida de glicocorticóides está relacionada ao feedback negativo que ocorre após o estimulo que leva à produção desses hormônios. Sabemos que esse estímulo (estresse, jejum etc.) culmina com a produção de CRH pelas células neuroendócrinas do núcleo paraventricular do hipotálamo, que por sua vez estimula a produção de ACTH por células da adenohipófise, que por fim estimula as adrenais a produzirem o hormônio corticóide. Mas quando é que o organismo fica sabendo que está na hora de parar (diminuir) essa síntese? Em um artigo publicado em dezembro de 2006, na revista Endocrinology, foi mostrado que esse feedback negativo ocorre por meio de sinalização rápida, quando o hormônio corticóide produzido se liga a um receptor de membrana de célula neuroendócrina, acoplado a proteína G, que leva à ativação de uma reação em cascata que culmina com a produção de um lipídio endógeno denominado endocanabinóide, que por sua vez liga-se ao seu receptor(CB1) em uma outra célula neuroendócrina, inibindo assim a síntese de glutamato,neurotransmissor responsável pela sinapse que ativa essas células a produzirem CRH.
-Necela Brian M, Cidlowski JA. Mechanisms of Glucocorticoid receptor action in noninflammatory and inflamatory cells. Proceedings of the American Thoracic Society vol 1 2004.
-K. Takahashi et al. Supression of cytokine-induced expression of adrenomedullin and endothelin-1 by dexamethasone in T98G human glioblastoma cells.Peptides 24 (2003) 1053-1062.
-Tasker et al. Minireview:Rapid glicocorticoid signaling via membrane-associated receptors. Endocrinology Dec 2006 147(12).
-Berne e Levy. Fisiologia (2003)
domingo, 22 de junho de 2008
Regulação-Eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Adrenal
Nesse ponto, é importante ressaltar o significado de um estímulo estressor. Estressor é todo estímulo que induz, no corpo, um processo de adaptação ao mesmo, especialmente com mobilização de energia na forma de ATP. Nesse sentido, os estímulos podem ser classificados em três tipos básicos:
· Físico – Pode ser resultado de um trauma ou de uma intervenção cirúrgica.
· Psicológico – É aquele que geralmente está “na boca do povo”. Todos falam do dia-a-dia estressante, não atentando para o fato de que existem outros tipos de estresse.
· Químico – É um desbalanço das concentrações de substâncias no sangue, como acontece em uma situação de hipoglicemia.
O aumento da concentração de ACTH na corrente sanguínea gera, nas glândulas adrenais, uma série de processos que convergem para a maior produção de hormônios adrenocorticais, em especial androgênios e glicocorticóides. O ACTH exerce pouco, ou nenhum, efeito sobre a zona glomerulosa, ou seja, sobre a produção de mineralocorticóides.
Primariamente, o ACTH se liga a um receptor de membrana, que, por sua vez, está ligado à proteína G. Tal proteína, formada por três subunidades (a, b e g) tem, então, a subunidade a dissociada da estrutura original, sendo tal subunidade responsável por ativar a enzima adenilato-ciclase, também presente na membrana. Esta, por sua vez, passa a converter ATP em AMPc, que vai atuar em conjunto com a PKA (proteína quinase A) para fosforilar componentes do citoplasma e ativar vias metabólicas específicas:
Há aumento da atividade da esterase do colesterol e redução da atividade da colesterol-éster-sintetase, ou seja, existe mais colesterol livre no citoplasma. Ao mesmo tempo, uma proteína de transferência de esteróis transporta o colesterol liberado para a membrana externa da mitocôndria. Além disso, a proteína reguladora aguda esteroidogênica ativada por ACTH (StAR) medeia a transferência do colesterol para a membrana mitocondrial interna. Assim, existe uma maior produção de pregnenolona e, conseqüentemente, de hormônios corticóides.
Como mostra a figura, um efeito subseqüente é o aumento da transcrição gênica para os receptores de LDL, para a adrenoxina (enzima atuante no processo de hidroxilação) e para algumas enzimas P-450. Esse aumento de tradução de genes se dá pelo estímulo a fatores de transcrição (SF-1 e proteína de ligação ao elemento regulador do esterol) pelo ACTH.
A longo prazo, por fim, há aumento no tamanho e no número de células do córtex das adrenais. Além disso, há uma elevação no número e na complexidade das organelas envolvidas no processo biossintético hormonal. O efeito trófico é ampliado, porque o ACTH inicialmente regula para cima seu próprio receptor, e tanto o ACTH quanto o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) regulam para cima o receptor um do outro.
O ACTH e o cortisol possuem um mecanismo de inibição denominado feedback negativo, no qual um aumento excessivo da concentração plasmática das moléculas hormonais inibe a produção das mesmas. O ACTH inibe a atuação do hipotálamo, enquanto o cortisol atua inibindo o hipotálamo e a hipófise.
Por fim, é importante ressaltar que a produção de aldosterona é estimulada pelo aumento da concentração plasmática de angiotensina II em situações de hipotensão. Tal molécula atua no córtex de forma similar à atuação do ACTH. Nesse caso, porém, a via ativada é a da fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K), com atuação da proteína quinase C (PKC) nos processos de fosforilação.
Produção dos Hormônios Adrenocorticais
É importante salientar que, em condições basais, a principal fonte de colesterol para a síntese de hormônios corticosteróides são as vesículas de LDL e HDL. Por outro lado, quando há estímulo das vias metabólicas por ACTH, o colesterol esterificado armazenado é o precursor mais importante. Assim, por ação da enzima esterase do colesterol, os ésteres de colesterol são quebrados e o colesterol livre é, então, transportado por uma proteína específica para a membrana mitocondrial interna.
Nesse ponto, o colesterol entra em contato com um grupo de enzimas denominado P-450, das quais a mais importante é a P-450SCC. Tais enzimas são oxigenases mistas que catalisam hidroxilações esteroidais. A reação inicial que converte o colesterol em D5-pregnenolona é catalisada por uma enzima P-450SCC de clivagem de cadeia lateral, também conhecida como 20,22-desmolase. Esse complexo de membrana mitocondrial interna realiza sucessivas hidroxilações, seguidas de clivagem da cadeia lateral do colesterol. O conjunto inicial de reações é comum a todas as vias metabólicas de síntese de corticóides que ocorrem no córtex das adrenais. A partir daí, entretanto, as vias biossintéticas divergem para a formação de seus diversos produtos.
Como exemplo, pode-se citar o cortisol. Após sair da mitocôndria, a pregnenolona é convertida a 11-desoxicortisol por passos sucessivos dentro do retículo endoplasmático. Tal molécula é, então, novamente transferida para a mitocôndria, sendo hidroxilada na posição 11 pela enzima 11-hidroxilase. O produto final, o cortisol, é rapidamente transportado para fora da célula, não sendo armazenado de forma significativa pela mesma. Portanto, quando há necessidade de liberação acentuada do hormônio para a corrente sanguínea, deve haver rápida ativação da via sintética por ACTH.
Seguem abaixo as principais vias metabólicas que ocorrem no córtex das glândulas supra-renais:
Corticóides - Uma Introdução
Primeiramente, é importante analisar a estrutura da glândula estudada, para associar corretamente suas partes aos diversos hormônios produzidos. As glândulas supra-renais são compostas por duas partes básicas: córtex e medula. A medula, mais interna, constitui cerca de 20% do espaço ocupado pela glândula e está intimamente relacionada ao sistema nervoso simpático, secretando um grupo de hormônios conhecido como catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). Os outros 80% são cobertos pelo córtex das adrenais, que produz três tipos básicos de hormônios: mineralocorticóides, glicocorticóides e androgênios, sendo os dois primeiros conhecidos como hormônios adrenocorticais.
· Mineralocorticóides: Receberam esse nome pela capacidade de realizar o balanço eletrolítico (ou seja, dos minerais) dos líquidos extracelulares, regulando as quantidades de sódio e potássio em particular. Seu principal representante, e também o mais potente, é a aldosterona.
· Glicocorticóides: Exercem efeitos importantes no sentido de aumentar a glicemia (daí o seu nome). São responsáveis também pela atuação sobre o metabolismo de proteínas e lipídeos, estimulando a sua degradação. O cortisol é o mais conhecido e também o mais importante glicocorticóide.
· Androgênios: São precursores de hormônios sexuais produzidos nas gônadas, importantes para o surgimento e manutenção das características sexuais secundárias.
É importante salientar que cada tipo de hormônio é secretado em uma região distinta do córtex, como evidencia a figura a seguir:
A aldosterona é produzida apenas na zona glomerulosa, uma vez que as células de tal região são as únicas que possuem a enzima aldosterona-sintetase. Tal região é a principal responsável pela produção de mineralocorticóides. Por outro lado, as zonas fasciculada e reticular produzem tanto glicocorticóides quanto androgênios, embora exista uma produção preferencial de androgênios na zona reticular e de glicocorticóides na zona fasciculada.
É importante salientar, também, que os limites entre córtex e medula não são exatos. Células corticais, por exemplo, podem estar presentes na medula isoladamente, em pequenos grupos (ilhotas), ou mesmo distribuídas radialmente a partir do córtex. Por outro lado, é freqüente o aparecimento de células medulares (cromafins) em todas as três regiões do córtex. Tal relação íntima entre as células endócrinas do córtex e neuroendócrinas da medula torna possível a influência parácrina dos produtos secretórios de cada tipo celular na liberação dos produtos secretórios de outro tipo celular.
Como órgãos endócrinos, ou seja, responsáveis por liberar hormônios para a corrente sanguínea constantemente, as glândulas supra-renais têm uma das mais altas taxas de fluxo sanguíneo por grama de tecido do organismo.
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quinta-feira, 19 de junho de 2008
Síndrome de Cushing
A hipersecreção do córtex adrenal provoca uma cascata complexa de efeitos hormonais, denominada de Síndrome de Cushing. As anomalidades observadas nessa síndrome são, em geral, atribuíves à quantidades anormais de cortisol, embora a secreção excessiva de androgênios também possa causar efeitos importantes.
Causas
A Síndrome de Cushing pode ocorre em conseqüência de causas múltiplas.
*Para entendê-las melhor, vale relembrar antes que, normalmente, o hipotálamo secreta o hormônio de liberação da corticotropina (CRH), que estimula a hipófise anterior a produzir o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Esse, por sua vez, estimula a produção de cortisol pelas glândulas adrenais.
São elas:
(1) Adenomas (tumores benígnos) da hipófise anterior, que passa a secretar grandes quantidades de ACTH. Essa é a causa mais comum da Síndrome e é conhecida como Doença de Cushing.
(2) Função anormal do hipotálamo, resultanto em níveis elevados de CRH, que estimulam a liberação excessiva de ACTH.
(3) Secrecção ectópica de ACTH por tumores, que podem ser malignos ou benignos e que crescem em qualquer parte do corpo, como abdôme e pulmão (mais de 50% dos casos).
(4) adenomas do cortéx adrenal, que liberam cortisol em excesso no organismo, e representam 20 a 25 %dos casos clínicos da doença.
Esse gráfico mostra a variação da concentração sérica de cortisol durante o passar do dia, representado em horas. Em azul temos a concentração observada em uma pessoa normal, em rosa a de uma pessoa com Doença de Cushing, ou seja, hipersecreção de ACTH pela hipófise anterior e em amarelo que apresenta Síndrome de Cushing devido à secrecção ectópica de ACTH por tumores em qualquer outra parte do corpo.
Como podemos observar pelo gráfico, independente da causa, o indivíduo com Síndrome de Cushing mantém níveis altos de cortisol durante todo o dia, ao contrário de uma pessoa normal que possui um pico na produção às oito horas da manhã e depois passa a apresentar uma queda. Esse níveis elevados de cortisol, que podem chegar a 25 mg/dl, correspondem aos níveis de cortisol de uma pessoa que passa por uma estrese como uma cirúrgia.
Sintomas
Os diversos sintomas da Síndrome de Cushing estão relacionados aos efeitos do cortisol em cada tecido específico.
Efeitos no Tecido Muscular
O efeito mais profundo dos glicocorticóides no osso é a inibição de sua formação. O cortisol diminui a síntese de colágeno e a formação de osteoblastos maduros a partir de seus precursores que ainda não passaram pelo processo de diferenciação celular, enquanto, ao mesmo tempo, aumenta a taxa de apoptose de osteoblastos eosteócitos, as células funcionais da formação óssea.
O excesso do hormônio pode levar então a um quadro de osteoporose, uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela desestruturação da sua microarquitetura, levando o osso a um estado de extrema fragilidade, em que qualquer trauma mínimo pode causar uma fratura. É uma complicção muito temida nas terapias que envolvem o uso de glicocorticóides com duração maior que poucas semanas, uma vez que a terapia para restaurar a massa óssea é pocuo eficaz.
Efeitos no Tecido Conjuntivo
A inibição de colégeno pelo cortisol produz um afinamento da pele e das paredes dos capilares. A fragilidade dos capilares lea a sua fácil ruptura e a hemorragia subcutânea, resultando no aparecimento de equimoses e de grandes estrias purpúreas onde hpuve ruptura.
A perda da síntese protéica nos tecidos linfóides resulta em supressão do sistema imune, de modo que muitos desses pacientes morrem de infecção.
Efeitos no Tecido Adiposo
Além disso, o cortisol aumenta o apetite e a ingestão calórica, além de aumentar a diferenciação de células do tecido adiposo de pré-adipócitos a adipócitos e estimula a lipogênese elevando a atividade da lipase proteica do adipócito e da glicose-6-fosfato desidrogenase.
*A lipase lipoprotéica é a principal enzima no processo de hidrólise dos triglicerídeos circulantes e atua na modulação dos estoques de gordura, uma vez que hidrolisa os triglicerídeos dos quilomícrons, e os ácidos graxos liberados podem ser utilizados como energia ou para ressíntese de triglicérides em estocagem no tecido adiposo. Para mais informações sobre o metabolismo de lipídeos: http://www.geocities.com/HotSprings/4234/gorduras.html. A glicose-6-fosfato desidrogenase é uma enzima que atua como catalizadora da primeira reação da via das pentoses fosfato, via que leva à produção da coenzima NADPH, agente redutor da síntese de lipídios. Portanto, um excesso de cortisol resulta em obesidade, com um distribuição peculiar que favorece o abdome, o tronco, preenchendo a região acima da clavícula e a parte de trás do pescoço onde se forma um acúmulo denominado "giba", e também a face, que é conhecida como face "lua-cheia".
O vídeo a seguir ajuda a ter-mos uma compreensão melhor sobre o assunto:
http://www.youtube.com/watch?v=vxSAhLyKVqw
Efeitos na Glicemia
Além de seus efeitos nos tecidos, o excesso de cortisol também exerce forte influência contra a hipoglicemia provocada pela insulina, já que é a sua ação prévia que gera um acúmulo suficiente de enzimas gliconeogênicas e estoques de glicogênio em que outros hormônios, como o glucagon, podem agir.E sua atução direta eventualmente pode levar a um aumento dos níveis plasmáticos de glicose, pois o cortisol antagoniza poderozamente as ações da insulina no metabolismo da glicose. Ele inibe a captação de glicose estimulada pela insulina no músculo e no tecido adiposo, e reverte a supressão pela insulina da produção hepáitca de glicose. Esse antagonismo se dá principalmente nos passos pós-receptores, por exemplo, a insulina reprime enquanto o cortisol induz a transcriçao do gene gliconeogênico fosfoenolpiruvato carboxiquinase (converte o oxaloacetato a fosenolpiruvato, no citossol, por descarboxilação e fosforilação à custa de GTP, na via metabólica da gliconeogênese). O cortisol também desmobiliza os transportadores de glisoe da embrana plasmática de volta para os locais intracelulares e portanto reduz diretamente a captação de glicose.
Tratamento
Curiosidades
A Síndromede Cushing também pode ocorrer quando são administradas grandes quantidades de glicocorticóides durante períodos prolongados para fins terapêuticos. Por exemplo, os pacientes com inflamação crônica associada a doenças como artrite reumatóide freqüentemente são tratados com glicocorticóides e podem desenvolver alguns dos sintomas clínicos da síndrome de Cushing.
Essa reportagem do Jornal Folha de São Paulo mostra a preocupação de alguns especialistas quanto ao uso prolongado de glicocorticóides no tratamento de uma doença bastante comum, a asma brônquica.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u311353.shtml
Como vemos, nem sempre o assunto é vinculado incorretamente pela mídia =D
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Doença de Addison
peço desculpas por ter fragementado o texto, mas ocorreram problemas técnicos que impediram que mais de uma figura fossem anexadas em uma única postagem.
Conseqüências
As conseqüencias mais óbvias desse distúrbio podem ser observadas na tabela acima.
Primeiramente, observa-se uma queda nas taxas dos hormônios produzidos pelas glândulas, sendo mais significativa a queda na produção do hormônio cortisol, o principal representante dos glicocorticóides.
Em segundo lugar, quando há depressão na secreção de cortisol, o feedback negativo normal para o hipotálamo e a hipófise anterior também fica deprimido, permitindo assim acentuada secreção de ACTH.
Deficiência de Mineralocorticóides
Como também pode ser observado na tabela, a queda do mineralocorticóide aldosterona, combinada com a queda de cortisol (que também possui um pequeno efeito mineralocorticóide) leva a um quadro de hiponatremia e hipercalemia, além de acidose leve. Isso ocorre porque a falta de secreção de aldosterona aumenta a retenção de potássio e diminui acentuadamente a reabsorção tubular renal de sódio e, permitindo assim a perda na urina de grandes quantidades de íons sódio, íons cloreto e água.
Para entendermos as conseqüencias disso, é bom relembrar que o sódio é quem determina o valor da pressão sangüínea. Logo, o resultado final consiste em acentuada redução do volume de líquido extracelular e do volume plásmático, diminuindo assim o débito cardíaco que pode levar ao choque e a morte.
O fato foi ilustrado com bom humor no vídeo a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=7COx33kcAZw
*(ressaltando que, no final do vídeo, as taxas de aldosterona são elevadas pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona para controlar o volume cardíaco, mas, no indivíduo com Doença de Addison, isso não acontece).
Além disso, uma concentração de potássio superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa a afetar o sistema de condução elétrica do coração. Quando a concentração sérica continua a aumentar, o ritmo cardíaco torna-se anormal e o coração pode parar de bater. Muitas vezes, para tentar regularizar a concentração sérrica de sódio, o portador da doença passa a urinar excessivamente, levando à desidratação.
Quem quiser relembrar um pouco mais sobre a regulação desses dois sais é só entrar no seguinte endereço:
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec12_137.htm
ou mesmo assistir o seguinte vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=6Wc4f2KnbYo&feature=related
Deficiência de Glicocorticóides
A perda da secreção de cortisol no indivíduo com Doença de Addison torna impossível a manutenção de um nível normal de glicemia entre as refeições, devido à incapacidade de sintetizar quantidades significativas de glicose pela gliconeogênese.
A deficiência de corticosteróides produz também uma sensibilidade extrema à insulina, de modo que a concentração sérica de açúcar pode tornar-se pergigosamente baixa. Os músculos ficam fracos a até o coração pode tornar-se incapaz de bombear o sangue de forma adequada. Essa deficiência torna ainda o indivíduo altamente suscetível aos efeitos da deterioração de diferentes tipos de estresse, e até mesmo a ocorrência de leve infecção respiratória poe causar a morte.
Além disso, a acentuada secreção de ACTH leva a uma secreção simultânea de quantidades aumentadas de MSH (melanocyte-stimulating hormone - hormônio estimulador de melanócitos), gerando uma deposição não uniforme de melanina no indivíduo, geralmente em placas, particularmente nas áreas de pele fina, como as mucosas dos lábios e a pele fina dos mamilos.
Sintomas
De um modo geral, são esses os sintomas observados no indivíduo com Doença de Addison:
*vitiligo é uma doença auto-imune que muitas vezes ocorre em associação com a Doença de Addison. Mais informações no site:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/vitiligo/
Tratamento
O indivíduo não-tratado com destruição total das glândulas adrenais morre dentro de poucos dias a algumas semanas, devido à fraqueza consuntiva e, em geral, a choque circulatório. Contudo, esse indivíduo pode viver durante muitos anos se forem administradas diariamente pequenas quantidades de mineralocorticóides e glicocorticóides.
Muitas preparações de glicocorticóides são disponíveis para esse fim. Atualmente, nos EUA, os pacientes são tratados com 12 a 15 mg por dia de hidrocortisona. No Brasil, como não há disponibilidade comercial de hidrocortisona oral, existe uma boa experiência com o uso de acetato de cortisona (25mg/dia) e mesmo com prednisona (5 a 10 mg/dia). Cabe ressaltar que os esteróides sintéticos, como a prednisona ou dexametasona, não apresentam efeito mineracorticóide, e a maioria dos indivíduos com Doença de Addison também necessita tomar diariamente 1 ou 2 comprimidos de fluorcortisona para auxiliar na restauração da excreção normal de sódio e potássio.
Doses maiores de medicamento podem ser necessárias quando o corpo for submetido a um estrsse, especialmente por doença.
Curiosidade
Para provar como o indivíduo que possui a Doença de Addison pode viver uma vida completamente normal se medicado, aqui vai uma imagem que vale mais do que mil palavras:
John Fitzgerald Kennedy - Presidente dos Estados Unidos
Quem quiser saber mais, é só acessar:
http://www.jfklibrary.org/Historical+Resources/Archives/Reference+Desk/JFK+and+Addisons+Disease+Page+4.htm
Distúrbios das Adrenais
Doença de Addison
Resulta da incapacidade do córtex adrenal de produzir hormônios adrenocorticais, e afeta aproximadamente quatro em cada 100.000 indivíduos. Ela pode manifestar-se em qualquer idade e afeta igualmente ambos os sexos.
Causas
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302004000500019
De um modo geral, observamos o seguinte:
Lembrando que a paraccocidioidomicose é uma doença causada por fungos e a turbeculose renal é causada por bactérias.
Além desses motivos, as adrenais também podem vir a ser suprimidas em indivíduos que fazem algum tratamento utilizando esteróides. Quando a medicação é interrompida abruptamente após ter sido utilizada durante um mês ou mais, o organismo (que estava realizando um feedback negativo para evitar o aumento excessivo nas taxas desses hôrmonios) pode ser incapaz de produzi-los em quantidade suficiente durante várias semanas ou até meses, dependendo da dose utilizada e da duração do tratamento.